Tenho isto pendurado à uma semana

Exactamente à uma semana que ando com isto aqui pendurado. Estive numa daquelas festas, Equinox, mais concretamente, um bando de pessoas que se juntam no meio do nada, entenda-se no meio do mato, mais propriamente na barragem, para conviverem e libertarem o lado boa vibe que existe em cada um de nós. Na minha perspectiva parecíamos um bando de loucos a dançar à luz da lua cheia. Um grupo de pessoas armados em lobisomens, a saltar sem sentido...  Ali estava eu na minha vertente bolha zen, a analisar as silhuetas de tantos desconhecidos,  no meio de pessoas sem cara, perdida nas minhas divagações, faço tantas conjecturas, (normalmente esqueço-me sempre delas, ou a parte que fazia mais sentido, pelo menos naquele momento, desaparece-me da memória), porém lembro-me de ter ficado com esta ideia à uma semana atrás. Enquanto observava o reflexo da Lua, na quietude da água, e o aconchego das árvores em redor, apercebia-me que na minha mente criava montes de textos, criava, surgiam-me novas ideias a cada olhar, a cada toque na terra apareciam-me novos temas para trabalhar, novas sensações e ilustrações. Por breves momentos até parei de dançar ( agitar-me de forma estranha a que chamam dançar), ri-me das conclusões a que estava a chegar, e das perguntas que estava a começar a fazer a mim própria... Eu até quase que posso jurar que gritei EUREKA! Tive uma espécie de revelação, com um dos meus diálogos internos. Enquanto estava num   processo de análise das coisas em redor, comecei a pensar, "epah isto quase que parece uma crónica do Expresso"... Realmente eu gosto de crónicas, aliás é a única coisa que leio das revistas. E se eu escrevesse crónicas? Eu gosto disso. Talvez um dia vá estudar para isso. Tenho de descobrir que curso é esse. Esta foi a  minha divagação de sábado à noite. No meio de um grupo de estranhos sem cara, terei descoberto a minha cabeça?

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