Passa a noite e o dia, sem que os sinta passar
Este estranho modo, ( o modo automático), mete piada, sem ter piada nenhuma. Antes de... do último olhar, do último suspiro, do último toque... há aquele pensamento entranhado, a tudo o que se fez, a tudo o que foi planeado. O não há volta a dar. O bombardear de planos adiados. Aquele fim de semana especial, o concerto, o jantar no dia de anos, o cinema no dia de anos...Pergunto-me quando será, talvez hoje, amanhã, talvez para a semana... Só de pensar que pode ser a última vez que a minha mão vai estar sobre a tua, o meu campo de visão deixa de ficar nítido. Deixar de te ver, e sentir as tuas mãos a brincar deliciosamente com as minhas orelhas, como só tu sabes fazer, sempre a sorrir. Agora quem não sorri sou eu, que estou neste estranho modo automático, de dizer que sim só porque sim, andar só por andar, abraçar por abraçar. E o pior de tudo é que te vejo em todo o lado, nas paredes e no mar, não me sais do pensamento. Um dia vou-me rir, e achar isto ridículo.
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