Entranhas desentranhadas.

Do avesso do que é visível, andar pelo lado da cegueira. Aquela condição derradeira. 
Enjaular o medo, aço inoxidável na carne nua. A forja está apagada, na pele crua a têmpera é a frio.
O corte é a volta.

Tudo isto são alucinações de vida.

Como é complicado adormecer à beira do abismo da minha própria existência. Na escuridão do meu quarto, que por acaso é bem fluorescente, ( no meio de estrelas e estrelinhas, sinais e tabuletas ), nas profundas horas da noite dentro, oiço a minha voz " Vais deixar de existir. Não existo. Vou deixar de existir" . A noite como uma espiral descendente, que me suga, que me arruína. É fácil perder-me entre os lençóis, quando ninguém me acalma o espírito.   Garganta seca,  coração aos saltos, pulmões ásperos. Na cabeça.. na cabeça o infinito. Abro e fecho os olhos, como quem procura uma solução, uma solução no interior, no meu ser. Uma cura. Mas cá dentro só vive a doença. A minha doença. Afogo a cabeça na almofada e deixo-me desfalecer. A única solução é perder. Não importa aquilo que tenha, aquilo que hei-de ter, aquilo que porque algum dia lutei. Quando nasci não me deram alternativa. Se não morrer do mal, morro da cura. Mas disto não me escapo.


Entenderes de entendidas

"Não sei quantas almas tenho.

Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem achei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma."    



Quem tem alma tem a calma de a saber dada a quem não teve intensão de a dar.

I tried.

But thinking about you never brought you back,
so far from you in my mind I go.
But my heart hurts and brings me back
Before i Know