Por vezes, dou comigo mesma paralisada, imóvel, entorpecida . Totalmente. Fico a olhar para o nada, com cara de pateta, talvez durante minutos a fio... Fico a fixar a parede, o ar, o nada... Exteriormente, pareço-me com uma autista, mas no meu interior há um turbilhão de pensamentos. Penso na cara parva que devo estar a fazer, mas, de seguida, lembro-me dele ou penso "podia estar a fazer outra coisa mas não me apetece". Resultante disto, é a minha "falta de tempo", mais conhecida por "preguicite aguda ou grave". Podia estar a estudar para quimica, ou para biologia, mas não, fico aqui bloqueada, em frente ao ecrã a pensar nas coisas que podia fazer e que não faço. Raramente cedo às minha obrigações. Posso dizer que sou apologista nata da preguiça ou que sofro de preguicite crónica. Mas importuna-me tanto, ter de me levantar, andar a longa distância de 10 passos para chegar até ao destino final: o quarto. Ai o quarto! No quarto posso disfrutar de actividades, todas elas bastante apeteciveis:
->A cadeira do quarto com uma pilha de blusas do avesso por enterrar na gaveta.
->As almofadas com os mais diversos artigos: Revistas, lenços, blusas, cds, livros e folhas.
->A cama, desfeita há pelo menos dois dias, com a particularidade da mochila da natação por desfazer...
->A mesa de cabeceira, com a Reliquia por ler e lenços de papel ( por acaso usados...)
->A secretária... nem se vê o tampo, com tantos cadernos, livros e folhas...
Agora, neste preciso momento, poderia estar a fazer algo desta lista. Mas não. Estou a escrever .
Sentada. Petrificada. A olhar para o ecrã.

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