Em mim há mesmo uma pele mas então não sabe nada.

Quando o dia entardeceu
E o teu corpo tocou
Num recanto do meu
Uma dança acordou
E o sol apareceu
De gigante ficou
Num instante apagou
O sereno do céu
E a calma a aguardar lugar em mim
O desejo a contar segundo o fim.
Foi num ar que te deu
E o teu canto mudou
E o teu corpo do meu
Uma trança arrancou
O sangue arrefeceu
E o meu pé aterrou
Minha voz sussurrou
O meu sonho morreu
Dá-me o mar, o meu rio, minha calçada.
Dá-me o quarto vazio da minha casa
Vou deixar-te no fio da tua fala.
Sobre a pele que há em mim
Tu não sabes nada.
Márcia, a pele que há em mim.
E TUDO SE TRANSFORMA

De ser EU

Nao tenho heteronimos
Enquanto umas são Marias
e outras são Lucias
Eu alterno me entre a Catarina e a Ana
(é ao contrário que consta no B.I)
E sou só uma.

REPEAT | and again

Mastigar dez vezes com convicção as palavras
reduzir as palavras a sí mesmas ajuda à compreenção.



[reprimir dez vezes, com convicção]


mas piora a intuição.

RAM REM sd card USB pen drive cd rw disquete caixa de sapatos gaveta

a memória não se anula. antes assalta ao menor pretexto.

gosto tanto de ser eu

Sou ridícula, sou do tamanho das coisas, gosto do meu tamanho sou grande, de notar que sou grande e inteira. Sou aquilo que faço e ninguém é aquilo que os outros não vêem. Vejo mal às vezes tão mal que nunca chego a ver. Problema gigante porque não reparo nas coisas, e reparar é parar duas vezes. Parar é stop e já agora por isso, não tem nada a ver, mas sou do tempo em que se comprava 4 iogurtes da yople e ofereciam 2, agora pago 5 oferta de um. Considero ridículo.