"Mas é que tu não sabes... eu não sou melindrosa nem de invenções (...) Mas tu nao sabes a violência, o constrangimento de alma, o terror com que eu penso em ter de entrar naquela casa. parece-me que é voltar ao poder dele, (...) que o vou encontrar ali."
A menina encontrou nas palavras de Garret, as suas palavras para descrever aquela casa... A casa de pânico.
Já não sei o que dizer a amargura apanhou-me.
Sim sou amarga, sim sou egoísta, sim sou fria, sim sou... tudo... apenas fui apanhada pela amargura.
Eu só queria matar a verdade má e espalhar a verdade boa. Mas não consigo! Não consigo apagar, não sou nenhum pc, que é só carregar no botão.
Sem ideias os orgãos dos sentidos são cegos.
Porque sou o anjo de alguém e alguém é o meu anjo...

Anjo que tardas, minha lotaria, dá-me as tuas asas que eu dou-te alegria. Anjo sem casa nem sabedoria, balda-te ao céu faz-me companhia. Anjo fugido, de cabeça esguia, pousa no meu colo e diz-me "bom-dia". Anjo enganado, cor da minha vida, volta para o meu lado ou dá-me uma saída. Anjo do escuro, pássaro sem medo, leva as minhas penas dá-me o teu segredo.