aranha verde
ferrugem cerebral
Mecanismos de Raquel. Estava ali o demónio. De frente para mim no táxi, detalhe que parece indiferente, mas significa. Ficar com ela, é ter no mesmo pacote coisas muito boas e coisas muito ruins, mais ruins do que boas essa é a verdade.
Como parei, vieram as meditações
Tenho medos. Tenho monstros. O meu maior
problema é que eles escondem-se onde os guardo. Em locais íntimos e
recônditos, por detrás da cortina da banheira, o sótão, a gaveta da mesa
de cabeceira, debaixo da cama, o guarda-roupa, a noite, a madrugada,
mas regressam sempre pela mesma via, o meu corpo, o corpo em que
necessariamente são.
Em Janeiro salto de cordeiro
Dói, dói e não é pouco, mas por vezes o melhor é parar, quem sabe até recuar, meditar pra depois saltar. E assim é a vida, e quem fala assim não é gago.
de ser gaija
Ando doida, pior que tu. Não sei se por osmose se por
cansaço extremo, um rancor nauseante transforma-se-me rapidamente numa saudade e, logo depois, numa raiva insustida, num ensejo, numa brutalidade
cortante.
A minha questão é
Nós somos no momento, durante aquele exacto espaço de tempo necessário
para o acontecimento. Os corpos precipitam-se, chamamos
aventura à manobra. E depois?, sobrevivemos? Conseguimos
esquecer?
para o acontecimento. Os corpos precipitam-se, chamamos
aventura à manobra. E depois?, sobrevivemos? Conseguimos
esquecer?
Hum. tem acontecido
E se eu disser, que agarro com força o volante, porque tenho flashes de 5 ou 6 segs de quebra. De dor. Flashes. As frações de segundos que passaram violentamente por mim e me quebraram?
sim. não. sim. não. sim sim sim. NÃAAO.
Insistir. Não esquecer, é preciso esquecer. É necessário apagar da memória. Formatar a alma...não. Continuar o assalto. Atingir o saque, é urgente insistir. Perseguir a elevação definitiva e a queda consequente. Aquela vibração, não pequena, tentadora. Descobrir o quase nada, entre o nada, abrir as revelações escondidas, porém expostas ao mundo, e fechá-las no livro. Depois... a procura do sentido, no toque do pulso, a procura do ritmo que aí passa... os olhos, ainda abertos.
Vou ter mais que saudades, desculpa.
Não há cinzas de fantasmas. É por isso que são permanentes, eviternos - dispensados de ressuscitar, portanto - e sem plumas.
lá dos trabalhos da escola q afinal sempre completa a nossa formação de pessoas adultas
o fantasma
na teoria de Günther Anders é uma condição totalizadora: o mundo exterior é
fantasma, a realidade é fantasma e nós mesmos somos fantasmas. Fantasma é
a nova condição existencial.
na teoria de Günther Anders é uma condição totalizadora: o mundo exterior é
fantasma, a realidade é fantasma e nós mesmos somos fantasmas. Fantasma é
a nova condição existencial.
Raiz tuberculosa fasciculada ou só mesmo enterrada
se o passado me parece mais uma raiz, não pode ser uma sombra, consequentemente eu arrasto é o meu fundo logo não sou tão moribunda como julgava ser.
NAAAAAO ME MOAS
"Quando o amor se acabou E o meu corpo esqueceu o caminho onde andou Nos recantos do teu E o luar se apagou E a noite emudeceu O frio fundo do céu Foi descendo e ficou Mas a mágoa não mora mais em mim Já passou, desgastei, p’ra lá do fim É preciso partir É o preço do amor P’ra voltar a viver Já nem sinto o sabor A suor e pavor Do teu colo a ferver Do teu sangue de flor Já não quero saber"
Em mim há mesmo uma pele mas então não sabe nada.
Quando o dia entardeceu
E o teu corpo tocou
Num recanto do meu
Uma dança acordou
E o sol apareceu
De gigante ficou
Num instante apagou
O sereno do céu
E o teu corpo tocou
Num recanto do meu
Uma dança acordou
E o sol apareceu
De gigante ficou
Num instante apagou
O sereno do céu
E a calma a aguardar lugar em mim
O desejo a contar segundo o fim.
Foi num ar que te deu
E o teu canto mudou
E o teu corpo do meu
Uma trança arrancou
O sangue arrefeceu
E o meu pé aterrou
Minha voz sussurrou
O meu sonho morreu
O desejo a contar segundo o fim.
Foi num ar que te deu
E o teu canto mudou
E o teu corpo do meu
Uma trança arrancou
O sangue arrefeceu
E o meu pé aterrou
Minha voz sussurrou
O meu sonho morreu
Dá-me o mar, o meu rio, minha calçada.
Dá-me o quarto vazio da minha casa
Vou deixar-te no fio da tua fala.
Sobre a pele que há em mim
Tu não sabes nada.
Dá-me o quarto vazio da minha casa
Vou deixar-te no fio da tua fala.
Sobre a pele que há em mim
Tu não sabes nada.
Márcia, a pele que há em mim.
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